domingo, 16 de maio de 2010

Motivação e auto-estima

MOTIVAÇÃO: força que leva uma pessoa a fazer alguma coisa. O homem pode ser considerado um animal que deseja e que raramente alcança um estado de completa satisfação, a não ser por curtos períodos de tempo. Logo que satisfaz um desejo surge outro, sucessivamente.
Fatores: estão ligados à postura de satisfação (gratificações) ou a evitar o não satisfatório (frustração). Uma certa dose de insatisfação de necessdade é que caracteriza a saúde física e mental, pois mobiliza energias a serem utilizadas dinamicamente para o crescimento pessoal.
Hierarquia das necessidades
- fisiológicas: corresponde a motivos primários, naturais ou não aprendidos, que são indispensáveis à sobrevivência humana, como fome, sono sexo.
- segurança: necessidade de proteção contra os perigos, ameaças, privações, doenças, instabilidades.
- sociais: necessidade de afeto, manifestadas através de interação com outras pessoas e grupos, próprias da natureza do homem.
- estima: necessidades de auto-estima e auto-respeito, de estimar e respeitar outras pessoas e de fazer estimar e respeitar por outras pessoas, alcançando auto-confiança, poder e prestígio.
- auto-realização: pleno desenvolvimento de todas as potencialidades de uma pessoa.
Para motivar um indivíduo é preciso saber quais são as necessidades daquele momento ou período.
AUTO-ESTIMA: disposição para experimentar a si mesmo como alguém competente para lidar com os desafios básicos da vida e ser merecedor da felicidade.
Fatores
- auto-eficiência: confiança no meu funcionamento mental, em minha capacidade para pensar, compreender, aprender, escolher e tomar decisões; é a confiança em minha capacidade para entender os fatos da realidade que pertencem à esfera dos meus interesses e necessidades, auto-confiança e segurança pessoal.
- auto-respeito: certeza de que tenho valor como pessoa; é uma atitude de afirmação de meu direito de viver e de ser feliz; é sentir-me confortável ao expressar de maneira apropriada minhas idéias, vontades e necessidades; é a sensação de que o prazer e a satisfação são meus direitos naturais.
Tipos
- auto-estima elevada: sentir-se confiantemente apropriado à vida, ou seja competente e digno.
- baixa auto-estima: sentir-se inapropriado à vida; errado como pessoa.
- auto-estima média: flutuar entre sentir-se apropriado e inapropriado, certo e errado, como pessoa; e manifestar essas inconsistências no comportamento.
Importância da auto-estima
Dependemos do uso apropriado de nossa consciência para sobreviver e dominar com sucesso o meio ambiente; nossa vida e nosso bem-estar dependem de nossa capacidade de pensar. O uso correto de nossa consciência não é automático, não é "programado" pela natureza; para ajustar sua atividade há um elemento crucial de escolha, portanto, de responsabilidade pessoal.
Expressão corporal da auto-estima: expressa-se no rosto, nos modos, na maneira de falar e de se mover que projetam o prazer que a pessoa sente por estar viva.
No nível físico, podemos observar características da auto-estima elevada, sendo:
- olhos atentos, brilhantes e vívidos
- rosto relaxado, com colorido natural e bom tônus na pele
- queixo naturalmente posicionado e alinhado com o resto do corpo; maxilares elaxados
- ombros relaxados, porem eretos
- mãos que tendem a ser soltas
- postura descontraída, ereta, bem equilibrada
- caminhar que tende a ser decidido, sem ser agressivo nem desafiador.
Logo, auto-estima é um julgamento pessoal de valor que se expressa nas atitudes que a pessoa mantem em relação a si mesma.
Obstáculos ao crescimento da auto-estima (pais x filhos x sociedade)
- transmitem a noção de que a criança não é "suficiente"
- dão sermões quando a criança manifesta sentimento "inaceitáveis"
- ridicularizam ou humilham a criança
- transmitem a noção de que os pensamentos e sentimentos da criança não têm valor ou importância
- tentam controlar a criança pela vergonha e pela culpa
- superprotegem a criança e, por isso, retardam o processo normal de aprendizagem e o aumento da auto-confiança
- criam o filho sem nenhuma espécie de regra e, portanto, sem nenhuma estrutura de apoio. Ou suas regras são contraditórias, confusas, inflexíveis ou opressivas. Em ambos os casos, inibe-se o crescimento normal
- negam a percepção de realidade da criança e implicitamente a estimulam a duvidar de suas próprias percepções
- tratam fatos evidentes como se não fossem reais, abalando a noção de racionalidade da criança
- aterrorizam a criança com violência física ou a ameaça de praticá-la, incutindo desse modo um medo agudo como característica permanente do cerne da criança
- tratam a criança como objeto sexual
- ensinam que a criança não é digna de confiança, é má e errada por natureza

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