domingo, 9 de maio de 2010

PSICOLOGIA NO ATENDIMENTO

Atendimento domiciliar (home care) é a provisão de serviços de saúde às pessoas de qualquer idade em casa ou outro local não institucional. Iniciou-se pelo modelo francês em 1951, tendo como motivação: envelhecimento da população, aumento de pacientes crônicos, super lotação hospitalar, custo elevado de internações.
Home care (nome adotado internacionalmente para a assistência domiciliar) fundamenta-se no princípio do paciente poder receber os cuidados dos quais necessita para recuperação, contando com ajuda de pessoa escolhida pela família, denominada por cuidador, treinada e supervisionada por uma equipe interdisciplinar qualificada de profissionais na área de saúde.
Paciente é a pessoa que, por doença ou agravos à saúde, necessita de assitência médica e está impossibilitada de receber atendimento ambulatorial, podendo necessitar de internação, porem, apto a recebê-lo em sua própria residência, após criteriosa avaliação técnica e social. O cuidador deve, sempre que possível, ser membro de família ou conviver com o paciente. Sua função principal é sempre receber a equipe multiprofissional, facilitando o acesso a residência e estar presente nos atendimentos, a fim de que possa estar ciente da evolução do paciente.
Procedimentos para entrada no serviço home care: a solicitação pode ser feita pelo médico assistente do paciente no hospital, alem do próprio médico captador do serviço de home care. A captação pode ser passiva (baseados no histórico clínico de cada paciente, os médicos dos hospitais ou ambulatórios solicitam o serviço, enviando os dados e relatórios para a central home care) e ativa (os médicos captadores realizam vistorias hospitalares avaliando os pacientes em condições de assistência domiciliar).
Feita a solicitação, o caso será avaliado pelo assistente social e pelos médicos do home care, que aceitarão ou não o pedido, de acordo com as condições que viabilizam este tipo de assitência, sendo: residência fixa, com condições pré estabelecidas para receber o paciente; pelo menos uma pessoa responsável em ser o cuidador, com disponibilidade para frequentar o grupo de encontro de cuidadores; paciente usando de medicações adaptáveis ao serviço domiciliar. Após a aprovação do paciente no home care, o médico fará uma avaliação do caso e programará o atendimento que será oferecido a cada paciente, bem como determinará a necessidade ou não do uso de equipamentos hospitalares.
A frequencia das visitas será determinada pela equipe de saúde, conforme necessidade de cada paciente, podendo ser alterada (aumentada ou diminuida), dependendo da evolução do tratamento.
Normas para pacientes e cuidadores permanecerem no programa: manter requisitos iniciais que o aprovaram para a entrada no programa (residência fixa, cuidador eleito, médico assistente e hospital de apoio); não serão permitidas consultas com outros profissionais da área de saúde, a menos que tenham sido solicitadas pelo médico responsável do paciente (médicos da equipe e/ou médico assistente); solicitar autorização da equipe home care se, em algum instante, a família optar pela procura de outro profissional.
O atendimento visa internação domiciliar para pacientes crônicos (que necessitam de tratamento médico neurológico, oncológico, pulmonares, cardiovasculares, etc); para pacientes não crônicos (em pós operatório, em antibiotecoterapia, etc); e em monitoramento (pacientes crônicos e não crônicos, em fase de melhora progressiva, que não necessitam mais de apoio técnico diário, visando a alta do atendimento domiciliar).
Além do aspecto social que resgata a dignidade do paciente, por tratá-lo no ambiente familiar, estudos demonstram que a recuperação é muito mais rápida e eficaz do que quando é feita em hospitais. Verifica-se, principalmente uma melhora psicológica clínica.
Artigo publicado na revista Psicópio 3

2 comentários:

  1. Acrescentando...o interesse principal do profissional é quando ele pode colaborar com os problemas que surgem a respeito do trato com as pessoas que necessitam de ajuda e que por razões diversas não conseguem, como doenças que paralisam os membros superiores e/ou inferiores, doenças terminais, enfim problemas que afetam não só o paciente como a família, que precisa se adaptar às novas situações emergentes.
    É bem provável que haja necessidade das pessoas adquirirem hábitos e costumes para que possam estar participando. É interessante o vínculo que estabelece profissional-paciente. O local onde se está é o que menos importa. Vale lembrar que os seres humanos são diferentes, não existe receita para atendimento.

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  2. Na I Mostra de Psicologia realizada em São Paulo elaboramos trabalho com exposição a respeito do projeto, elaboração e instalação do atendimento psicológico com suporte terapêutico ao enfermo e/ou à família, onde fomos "pioneira" na área de atuação.

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